terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Copa do Mundo de 2006, Alemanha. Pacote completo

A segunda Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, assim como a de 1974, não foi de boas lembranças para o Brasil. Vindo de um título, em 2002, o time já não tinha o mesmo técnico - Parreira assumia novamente o comando, enquanto Felipão comandava uma seleção de Portugal que trazia uma ferida funda e aberta: a perda do título da Eurocopa para a Grécia em casa, dois anos antes. Não havia renovação na seleção brasileira. O máximo que se via nos campos de treinamento em Weggis, na Suíça, era uma esperança fugaz chamada Robinho, uma espécie de Pelezinho que, embora tivesse talento, não era tudo o que se esperava dele. O resto da seleção era um amontoado de malabaristas. Ninguém treinava, nada era levado muito à sério e o único real intuito do grupo era transformar Ronaldo, o Fenômeno, no maior artilheiro de todos os tempos. Conseguiram, até que em 8 de julho de 2014, a artilharia suprema voltou para as mãos de Miroslav Klose, embrulhada na maior humilhação da centenária seleção brasileira de futebol até hoje.

Mas a copa de 2006 não foi só marcadas pelas agruras dos canarinhos indolentes. Muita coisa rolou. Várias equipes debutaram - Costa do Marfim, Togo, Angola, Ucrânia, Trinidad e Tobago, Sérvia e Montenegro... e algumas delas, como Angola e Togo, enfrentaram suas ex-metrópoles Portugal e França; já Portugal e Holanda protagonizaram o que é considerado até hoje o jogo mais violento da história das copas. Foi em Nuremberg, com Portugal levando a melhor e pavimentando seu caminho para o quarto lugar.

Os outros três semifinalistas foram a Alemanha, a França e a Itália. A França, depois de dar um baile no Brasil, venceu Portugal e chegou à final. A Alemanha, embalada por uma fanática e renovada torcida, acreditou até os 30 minutos da prorrogação da semifinal, quando a Itália de Buffon, Grosso e Del Piero passou inapelavelmente por cima dos germânicos, que mais uma vez caiam diante da Azurra, em um tabu que parece interminável.

A final foi intensamente disputada e, assim como em 1994, decidida nos pênaltis. Dessa vez os italianos levaram a melhor e Fábio Cannavaro levantou a taça. Para todo sempre, contudo, a final de 2006 vai ficar marcada por dois atos de violência. O racismo silencioso e velado de Marco Materazzi e a reação impensada de Zinedine Zidane, de longe, o melhor jogador daquele mundial. Zidane perdeu a cabeça e a arremessou contra o externo do zagueiro italiano, deixando para trás a chance de conquistar seu segundo mundial. Ainda faria história como técnico, anos depois. Como jogador sua lenda se encerrava sob um cartão vermelho.

O pacote com 32 seleções (64 cartelas) sai por R$ 320,00.

Abaixo, os grupos da copa:

Grupo A





Grupo B





Grupo C





Grupo D





Grupo E





Grupo F





Grupo G





Grupo H





Até a próxima, galera. Em alguns dias, Espanha 1982.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Copa do Mundo de 1974, Alemanha Ocidental. Pacote completo.

As próximas postagens do Escudinhos serão sobre as duas Copas do Mundo que aconteceram na Alemanha, ambas de péssimas lembranças para os brasileiros. Começamos pela de 1974.

Algumas coincidências marcaram as copas alemãs. Uma delas é a notável vocação de serem copas de estréia para muitas seleções. Em 1974, debutaram a Austrália, o Haiti, a Alemanha Oriental - pela primeira e única vez - e o Zaire, protagonista de vários fatos pitorescos, como a goleada de 9x0 que sofreu diante da Yugoslávia, que foi, até 1982, o placar mais dilatado anotado em uma copa. Além disso, a seleção africana ficou marcada pelo bizarro protesto do zagueiro Ilunga Mwempu que, no jogo contra o Brasil, chutou para longe uma falta que deveria ser cobrada pela equipe canarinho. O mesmo Mwempu que havia desferido um pontapé no árbitro colombiano Omar Delgado Gómez no jogo contra os yugoslavos. O juiz, confuso, expulsou outro jogador, Mulamba Ndaye, apesar de Mwempu assumir a responsabilidade pelo lance.

O Brasil, em um momento de transição, capitaneado pelos já cansados Jairzinho e Rivellino e ainda treinado por Zagallo, passou em segundo lugar em seu grupo, atrás dos yugoslavos, depois de dois empates em 0x0 e de uma vitória sobre o fragílimo Zaire. Conseguiu ainda duas vitórias na segunda fase, sobre a Alemanha Oriental - que havia derrotado surpreendentemente os irmãos ocidentais na primeira fase - e sobre a Argentina. Contudo, no dia 3 de julho o Brasil encontraria o destino na cidade de Dortmund. Em um jogo violentíssimo, os brasileiros caíram inapelavelmente diante da máquina holandesa que assombrava o mundo. Rinus Michels, o técnico, montou um time que se movimentava de uma forma que desafiava a lógica. Todos atacavam, todos defendiam. Resenbrink, Neeskens, Rep e um mágico Johan Cruyff compuseram um time infernal, que a história apelidou de carrossel holandês, ou laranja mecânica.

O fato é que nem sempre o futebol é justo e coube mais uma vez aos aplicados alemães consolidar uma injustiça na final de uma copa do mundo, vinte anos depois que o time de Fritz Walter derrotou a magnífica Hungria de Puskás, na Suíça. Não que a Alemanha de Beckenbauer, Gerd Müller e Sepp Maier fosse um time ruim. Nem de longe. Não foram poucos os desafios pelos quais passaram, incluindo entre eles a formidável Polônia de Lato, Zmuda e Szarmach. Mas ninguém mesmo  esperava que a Holanda, o time mais imbatível que jamais perdeu uma copa, fosse perder aquela final, iniciando então uma maldição que os acompanha até hoje.

O pacote completo, com as 16 seleções (32 cartelas) está saindo a R$ 150,00.
Abaixo, os grupos da copa.

Grupo 1





Grupo 2





Grupo 3





Grupo 4





Até a copa de 2006. Em breve.