quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Jogos Inesquecíveis: Alemanha em finais de Copas (2ª parte)

Continuando a pequena série sobre a Alemanha, duas vitórias inesquecíveis - para eles - e trágicas para os adversários.

1954 - Por duas vezes a seleção alemã foi a algoz de uma equipe de futebol considerada mágica. Em 1974 (jogo já publicado aqui) , a vítima foi o carrossel holandês de Rinus Michels, comandado por Johann Cruyff. Mas nada se compara ao assombro vivido no Stade de Suisse Wankdorf, em Berna, no dia 04 de julho de 1954. É que de um lado, estavam os mágicos magiares, a seleção húngara de Puskás, campeã olímpica em 1952, que um ano depois vencera pela primeira vez a Inglaterra em Wembley e que já humilhara, naquela mesma copa, a própria Alemanha ao vencê-la na primeira fase por 8x3. Nenhum dos espectadores presentes poderia supor que a Alemanha pudesse vencer a fabulosa Hungria. Mas os deuses do futebol, como diria Armando Nogueira, são caprichosos. Naquele dia, os húngaros esbarraram na própria superioridade. Preparados para vencer, não suportaram a adversidade. Fritz Walter, capitão alemão, levantou a taça Jules Rimet. E os jogadores húngaros nunca mais conseguiram levantar a cabeça.

Alemanha 3x2 Hungria 1954 - (PDF) (PNG)


1990 - A Alemanha de 1990 era a vice-campeã mundial. Havia perdido para a fabulosa Argentina de 1986. Poderia ser uma equipe ressentida, mas se o era, era daquele jeito quieto e trabalhador que os alemães costumam ser. Da copa anterior sobrara apenas uma base que o tempo burilou para que ficasse ainda melhor do que era antes: Rudi Vöeller, Andreas Brehme, o notável Lothar Matthäus e o técnico Franz Beckenbauer. Além disso, juntou-se a eles um elemento novo: a juventude e técnica de um atacante em pleno espendor, chamado Jürgen Klinsmann, não a tôa apelidado de kataklinsmann. A vítima, na final da enfadonha copa da Itália não poderia ser melhor: a mesma Argentina de Burruchaga, Ruggeri e Maradona. E a vingança veio. Bastou aos alemães cozinharem os argentinos em fogo brando na dura decisão no estádio Olímpico de Roma. Sem Caniggia, suspenso, a Argentina não tinha o mesmo poder de fogo de antes e acabou apelando para um jogo truncado e violento. A punição veio aos 39min do segundo tempo, quando o árbitro caiu num maroto jogo de corpo de Vöeller e marcou penalty contra os argentinos. Diante de um brilhante Goycochea, goleiro reserva que já havia defendido quatro penalidades naquela copa, o eficiente Brehme não desperdiçou. O choro de Maradona e o sorriso aberto dos campeões Matthäus e Beckenbauer foram as imagens finais da copa do mundo de 1990.

Alemanha 1x0 Argentina 1990 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Jogos Inesquecíveis: Alemanha em finais de Copas (1ª parte)

Depois do Brasil, não há dúvidas de que a Alemanha, mesmo com um número de títulos menor que a Itália, é a seleção mais importante da história das copas. Fora delas apenas nas edições de 1930 e 1950 - a Itália também ficou fora de duas copas, em 30 e 58 - os germânicos (ocidentais até 1990) estiveram, assim como o Brasil, em nada menos que sete finais de copas, contra seis da Itália, além de estar em mais quatro semi-finais, contra duas dos italianos. Em homenagem ao eficiente futebol tedesco, o Escudinhos traz quatro finais disputadas pela Alemanha, duas derrotas, hoje, e duas vitórias, na quinta-feira.

1966 - A Alemanha de Overath, Uwe Seeler e de um iniciante Franz Beckenbauer possivelmente não resistiria mesmo à Inglaterra dos legendários Bob Moore e Bob Charlton, que obteve então, em casa, o único título dos inventores do futebol. Mesmo assim, uma ajudinha do árbitro suíço Gottfried Dienst, que validou um gol ilegal de Geoff Hurst no início da prorrogação, foi decisiva. Os germânicos foram incapazes de assimilar o golpe e 18 minutos depois, o mesmo Hurst sacramentaria, com o gol decisivo, a vitória inglesa diante de seus súditos no templo de Wembley.

Inglaterra 4x2 Alemanha 1966 - (PDF) (PNG)


1982 - Paolo Rossi, o endiabrado bambino d'oro italiano já havia trucidado o Brasil com três gols. Com mais dois, ele despachou a Polônia de Boniek e Smolarek na semifinal. E foi ele mesmo quem deu início à vitória sobre a Alemanha de Rummenigge, Breitner, Klaus Fischer e Hansi Müller na final da Copa da Espanha. Mas a Itália não era só Paolo Rossi, e sim um fantástico time, que tinha o mito Dino Zoff no gol, os eficientes Gentile e Cabrini na zaga e os insinuantes Causio, Altobelli e Conti no ataque. A seleção alemã, debilitada pela duríssima e inesquecível semifinal contra os franceses, foi uma vítima fácil para a eficácia italiana. Quando o árbitro Arnaldo César Coelho pediu a bola, ao fim do jogo, a Alemanha amargaria seu segundo vice-campeonato enquanto a Itália levaria a taça do tri para casa.

Itália 3x1 Alemanha 1982 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma grande marca.

Peço licença para uma interrupção em nossas postagens, amigos, para me dar o direito de fazer uma pequena comemoração:


Pois é. O Escudinhos acaba de chegar à marca de 100.000 visitas. Quem tem blog há muito tempo, como eu, sabe que isto é uma marca ótima para um site que não tem nem dois anos. Devo a vocês, galera. Valeu.

Kits: Irlanda do Norte, Marrocos, Polônia e Portugal 1986

Encerrando esta pequena série sobre a copa de 1986 no México, mais quatro equipes: Irlanda do Norte e Polônia, que enfrentaram o Brasil, assim como a Argélia (com o mesmo uniforme de 1982, já publicado), que eu ainda preciso pesquisar um pouco mais para fazer o kit e a França (também publicada anteriormente, vejam na categoria Copa 1986). Fechando este post, as seleções de Portugal e Marrocos.


Irlanda do Norte 1986 - (PDF) (PNG)


Marrocos 1986 - (PDF) (PNG)


Polônia 1986 - (PDF) (PNG)


Portugal 1986 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Kits: Bélgica, Espanha, Iraque e México 1986

Esquindô, esquindô, meu povo. O carnaval está rolando mas o Escudinhos não para, que senão não dá tempo de postar tudo. Então, durante a semana do tríduo momesco, os posts vão nos levar ao México, mais precisamente à copa de 1986. São oito kits, hoje e quinta-feira. Teremos o anfitrião México de Hugo Sanchez; a Espanha de Butragueño, garfada contra o Brasil na primeira fase; a semifinalista Bélgica dos grandes Jean-Marie Pfaff e Enzo Scifo, tristemente atropelada pelo rolo compressor argentino de Maradona e o exótico Iraque, em sua primeira e única Copa até hoje.


Bélgica 1986 - (PDF) (PNG)


Espanha 1986 - (PDF) (PNG)


Iraque 1986 - (PDF) (PNG)


México 1986 - (PDF) (PNG)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia do Botonista

E não é que hoje, dia 14/02, é o Dia do Botonista? Eu confesso que não fazia idéia. Fiquei sabendo por aqui, através da comunidade do Orkut. Ora, parabéns para nós, então. Como homenagem, publico aqui três fotos que leitores me mandaram das coleções de botões que fizeram com as artes deste muy humilde desenhador que vos escreve. São eles:


Cláudio Sammartino


Mateus Cesário Stefani


José Gerson Barrio Nuevo


Obrigado, senhores. Vocês me fazem feliz. No mais, bom carnaval para todos. Ah! Amanhã e quinta tem post, ok?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Entrevista

Aê, povo. O Blog Meu Time de Botão fez uma pequena porém simpática entrevista com este humilde desenhador de botões que vos escreve. Quem quiser ler, passe lá. Ou melhor, aqui.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Jogos Inesquecíveis: Brasil em Copas (3ª parte)

Como vocês poderão notar, esta semana é dedicada, mais uma vez, à Seleção Brasileira. Hoje, mais dois jogos inesquecíveis do Brasil em copas, sendo uma vitória emocionante e uma derrota misteriosa.

1994 - Brasil e Holanda se enfrentaram três vezes em copas do mundo e as três partidas foram dramáticas. Em 1974, a justa, porém doída, derrota para a laranja mecânica. Em 1998, nas semifinais da Copa da França, uma vitória sofrida nos penaltis. E em 1994, na Copa dos Estados Unidos, uma vitória magnífica naquele que, se não foi o jogo mais tenso daquela copa - e praticamente todos foram - foi sem dúvida o mais bonito da seleção de Parreira em 94. Depois de um primeiro tempo em 0x0, as coisas engrenaram para o Brasil e Bebeto e Romário deixaram duas crianças - foi nesse jogo a inesquecível comemoração do neném de Bebeto - na rede do goleiro De Goeij. O jogo até parecia que ia ser fácil. Mas a Holanda nunca foi time de jogo fácil e três minutos depois do gol de Bebeto, Dennis Bergkamp marcou para os holandeses. Logo em seguida foi a vez de Aron Winter empatar o jogo numa falha da defesa. O jogo ficou nervoso e pegado e assim correu até que o jogador Branco - que era reserva de Leonardo, expulso no jogo anterior, e que estava sem as suas melhores condições físicas - cobrou com maestria uma falta, no canto inferior esquerdo do goleiro holandês, que ainda foi traído por uma inacreditável tirada de corpo de Romário. Aos prantos, o sacrificado Branco correu para comemorar o gol que garantiu o Brasil nas semifinais.

Brasil x Holanda 1994 - (PDF) (PNG)


1998 - A seleção de 98, novamente comandada por Zagallo, que havia sido coordenador técnico em 1994, trazia uma grande mudança em relação ao time que vencera a copa anterior, que era a presença de Ronaldo, o fenômeno. Romário havia sido cortado por Zagallo e pelo coordenador Zico, o que causou uma repercussão ruim no grupo. Dunga ainda era o capitão, Taffarel, o goleiro, o ataque mesclava a experiência de Bebeto à juventude de Rivaldo, mas o time não era mais o mesmo. O clima era ruim, a seleção caminhava aos trancos e barrancos - chegou a perder da Noruega na primeira fase - e só engrenou a partir das oitavas de final. A vitória na semifinal contra a Holanda parecia mostrar que, finalmente, o grupo estava unido e disposto a buscar o título. Então, no dia da final contra os franceses, ocorreu um dos episódios mais mal explicados da história das copas. O craque Ronaldo supostamente passou mal e a seleção, quando entrou em campo - com Ronaldo, inclusive - estava absolutamente apática, incapaz de concatenar três passes. Não se sabe o que ocorreu e possivelmente nunca se saberá - a CFB foi inclusive acusada de ter "vendido" a copa para que os franceses vencessem, com a promessa de que o Brasil venceria na copa seguinte, o que de fato ocorreu, juntamente com o fato da França ter sido eliminada na primeira fase de forma humilhante. O fato é que o time de Deschamps, Laurent Blanc e Zidane atropelou o Brasil, vencendo por 3x0 e conquistando para a França seu primeiro título mundial.

Brasil x França 1998 - (PDF) (PNG)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Jogos Inesquecíveis: Brasil em eliminatórias para Copa.

Existe uma lenda que diz que, quando o Brasil vai mal nas eliminatórias para a Copa, ele vai se dar bem na Copa em si. Basta lembrar o sofrimento que foram as eliminatórias das três últimas Copas vencidas pela seleção brasileira. A máquina campeã em 1970 era uma seleção desestruturada nas eliminatórias, e ainda teve seu técnico substituído a força no último momento. A seleção de 2002, penou o diabo, já sob o comando de Luiz Felipe Scolari, para obter, no último jogo contra a Venezuela, a classificação. Contudo, das eliminatórias difíceis, creio que nenhuma supera o drama que a seleção de 1993, comandada por Carlos Alberto Parreira, passou. E hoje, vamos lembrar os dois jogos mais significativos daquela disputa.

La Paz, julho de 1993 - Está certo que jogar no estádio Hernando Siles, na miserável altitude de La Paz não é coisa para fracos. E também está certo que o time da Bolívia que ia jogar contra o Brasil era a melhor seleção que a pátria de Hugo Banzer e Evo Morales formava em décadas, tanto que se classificou para a copa de 1994, no final das contas. Ter perdido por 2x0 para aquele bom time da Bolívia em casa não devia ser um desastre de grandes proporções. Mas foi, porque era simplesmente a primeira derrota da história da seleção brasileira em um jogo de eliminatórias. E esta derrota passou, para o bem e para o mal, por sob as pernas do goleiro Taffarel, que defendeu um penalty, enroscando a bola entre suas pernas, e levou dois gols por baixo delas, o primeiro, um frangaço de proporções homéricas. Parreira foi questionado, a pressão sobre o time era enorme e a coisa quase desandou. Dois meses depois, contudo, a história seria outra.

Brasil x Bolívia 1993 - (PDF) (PNG)


Rio de Janeiro, setembro de 1993 - A última partida do grupo do Brasil nas eliminatórias para a Copa de 1994 aconteceu no Maracanã. A Bolívia já estava classificada e Brasil e Uruguai tinham chances ainda. Os uruguaios trouxeram na bagagem o velho fantasma de Ghiggia para apavorar os brasileiros. Mas a seleção tinha uma última carta na manga, carta essa enfiada - literalmente - goela abaixo do treinador: o baixinho Romário, que ainda no início das eliminatórias se indispusera com Parreira e fora por ele barrado. Só que ele, o baixinho, estava no auge da forma e o clamor popular foi tão grande pela sua convocação, e a partida final prometia ser de tal dramaticidade e dificuldade que Parreira não teve escolha. O que se viu naquele 19 de setembro no Maracanã, contudo, não poderia estar escrito em livro algum. De um lado, um Uruguai apático e visivelmente apavorado. Do outro, uma seleção disposta a dar uma aula de futebol, capitaneada por um atacante em um dia mágico. Foram apenas dois gols - o segundo, uma pintura de arrancada, em que o bom goleiro Siboldi viu-se vergonhosamente vencido - e foi pouco. Romário ganhou aquele jogo para o Brasil, classificou a seleção para a Copa, carimbou seu próprio passaporte e o resto é história.

Brasil x Uruguai 1993 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Kits: Chile, Espanha, Honduras e Yugoslávia 1982

Fechando esta semana, mais quatro seleções da copa de 1982: O Chile, a anfitriã Espanha, Honduras e Yugoslávia. Como curiosidade, destas seleções apenas a Yugoslávia utilizou seus uniformes reservas durante a competição. Chile, Espanha e Honduras atuaram apenas com os uniformes titulares.


Chile kit 1982 - (PDF) (PNG)


Espanha kit 1982 - (PDF) (PNG)


Honduras kit 1982 - (PDF) (PNG)


Yugoslávia kit 1982 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Kits: Argentina, Bélgica, Kuwait e URSS 1982

Um dos pedidos mais frequentes aqui no blog é o das seleções completas dessa ou daquela Copa do Mundo. Atualmente, temos fechada (quase, para falar a verdade... falta um minikit reserva da Polônia que qualquer hora eu posto) somente a copa de 1978, na Argentina, que agora vocês podem acessar pela categoria "Copa 1978". Pois verificando as postagens já realizadas, percebi que já estão no blog muitas seleções de várias copas, cujas categorias eu vou colocar aos poucos a partir de hoje. E até agosto, eu vou postar, em algumas semanas especiais, seleções que fizeram história nas copas do mundo, principalmente as que enfrentaram o Brasil e outras menos cotadas. Vão sair posts das copas de 86, 90, 94, 98, 2002 e 2006. Hoje e quinta-feira, seleções da Copa da Espanha em 1982, que em breve, deverá ser a segunda copa completamente fechada. Espero que curtam.


Argentina kit 1982 (PDF) (PNG)


Bélgica kit 1982 (PDF) (PNG)


Kuwait kit 1982 (PDF) (PNG)


URSS minikit 1982 (PDF) (PNG)