terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Copa do Mundo de 1974, Alemanha Ocidental. Pacote completo.

As próximas postagens do Escudinhos serão sobre as duas Copas do Mundo que aconteceram na Alemanha, ambas de péssimas lembranças para os brasileiros. Começamos pela de 1974.

Algumas coincidências marcaram as copas alemãs. Uma delas é a notável vocação de serem copas de estréia para muitas seleções. Em 1974, debutaram a Austrália, o Haiti, a Alemanha Oriental - pela primeira e única vez - e o Zaire, protagonista de vários fatos pitorescos, como a goleada de 9x0 que sofreu diante da Yugoslávia, que foi, até 1982, o placar mais dilatado anotado em uma copa. Além disso, a seleção africana ficou marcada pelo bizarro protesto do zagueiro Ilunga Mwempu que, no jogo contra o Brasil, chutou para longe uma falta que deveria ser cobrada pela equipe canarinho. O mesmo Mwempu que havia desferido um pontapé no árbitro colombiano Omar Delgado Gómez no jogo contra os yugoslavos. O juiz, confuso, expulsou outro jogador, Mulamba Ndaye, apesar de Mwempu assumir a responsabilidade pelo lance.

O Brasil, em um momento de transição, capitaneado pelos já cansados Jairzinho e Rivellino e ainda treinado por Zagallo, passou em segundo lugar em seu grupo, atrás dos yugoslavos, depois de dois empates em 0x0 e de uma vitória sobre o fragílimo Zaire. Conseguiu ainda duas vitórias na segunda fase, sobre a Alemanha Oriental - que havia derrotado surpreendentemente os irmãos ocidentais na primeira fase - e sobre a Argentina. Contudo, no dia 3 de julho o Brasil encontraria o destino na cidade de Dortmund. Em um jogo violentíssimo, os brasileiros caíram inapelavelmente diante da máquina holandesa que assombrava o mundo. Rinus Michels, o técnico, montou um time que se movimentava de uma forma que desafiava a lógica. Todos atacavam, todos defendiam. Resenbrink, Neeskens, Rep e um mágico Johan Cruyff compuseram um time infernal, que a história apelidou de carrossel holandês, ou laranja mecânica.

O fato é que nem sempre o futebol é justo e coube mais uma vez aos aplicados alemães consolidar uma injustiça na final de uma copa do mundo, vinte anos depois que o time de Fritz Walter derrotou a magnífica Hungria de Puskás, na Suíça. Não que a Alemanha de Beckenbauer, Gerd Müller e Sepp Maier fosse um time ruim. Nem de longe. Não foram poucos os desafios pelos quais passaram, incluindo entre eles a formidável Polônia de Lato, Zmuda e Szarmach. Mas ninguém mesmo  esperava que a Holanda, o time mais imbatível que jamais perdeu uma copa, fosse perder aquela final, iniciando então uma maldição que os acompanha até hoje.

O pacote completo, com as 16 seleções (32 cartelas) está saindo a R$ 150,00.
Abaixo, os grupos da copa.

Grupo 1





Grupo 2





Grupo 3





Grupo 4





Até a copa de 2006. Em breve.

Nenhum comentário: