
pelos direitos do mar.
O mar é das gaivotas que nele sabem voar.
Brigam Espanha e Holanda
pelos direitos do mar.
Brigam Espanha e Holanda
por que não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.
Esta profética canção, que tem o pitoresco título de "Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco", foi gravada por Milton Nascimento no início da década de 80, sobre um poema de Leila Diniz. Um lindo epitáfio para esta bela copa do mundo, intensa, colorida, barulhenta, surpreendente. Muito se escreveu sobre ela, sobre suas histórias - muita coisa legal você podem achar aqui, no coletivo Blog da Copa, do qual eu fiz parte.
Confesso que desde o início, acima mesmo de minha torcida (forçada) pelo Brasil, eu sonhava com uma final entre seleções que nunca haviam sido campeãs. O que eu não esperava era ter torcido tanto pelo redivivo futebol sulamericano. Argentina, Chile, Paraguai e principalmente o Uruguai me fizeram torcer muito, até as lágrimas. Além disso, várias coisas ficaram evidentes. Uma, é que a África ainda não encontrou seu caminho em campo. Apenas Gana se salvou, até o dia em que encontraram uma celeste mitológica pela proa. Depois, ficou claro que existem hoje três europas: uma nova, cheia de vida, de arte e de técnica - Alemanha, Holanda e Espanha - e outra velha, decadente, embolorada - França, Inglaterra, Itália, Portugal - e ainda uma absolutamente distante do que seja o futebol - Suíça, Eslovênia, Eslováquia, Sérvia. As seleções da América do Norte e da Ásia também pouco fizeram.
A final não foi um bom jogo. Não foi um jogo bonito. Espanha e Holanda tiveram mais defeitos que virtudes em sua última partida. O propalado toque de bola espanhol foi anulado por uma marcação implacável - e mesmo violenta - dos holandeses. Já a Holanda falhou onde era sua maior força: as finalizações mortais de Robben e Sneijder. Quando nada mais parecia funcionar, contudo, e a partida se encaminhava para a loteria dos pênaltis, a Espanha, que não desistiu de vencer um só minuto foi recompensada pelo gol salvador do irritante Iniesta. Era a estocada final, a morte do miúra laranja, o fim da tourada, o início da glória do matador. Assim se encerrava a copa de 2010, com uma seleção européia vencendo pela primeira vez fora do velho continente.
Eu, por minha vez, encerro também aqui minha função de palpiteiro, com a felicidade de ter pelo menos acertado o último jogo, inclusive contra a notícia que dava conta de que os holandeses viriam com calções pretos. Então, para os que tiveram a paciencia de me aturar durante este longo mês, fica o meu primeiro presente da noite: o luxuoso PDF com todos os jogos da copa.
Agora, deixo aqui minhas últimas opiniões sobre o torneio, com aquilo que mais me chamou a atenção no que é o meu metier: a imagem, a visão, a cena. Como 11 jogadores, onze imagens desta copa, onze imagens que mexeram com minha emoção e que vão ficar na minha memória.












E como este blog ainda é um blog de artes para futebol de botão, deixo para vocês mais dois presentes: a cartela com o jogo final da copa, entre Holanda e Espanha, e uma cartela com o uniforme espanhol já com a estrela que eles agora, podem usar por direito e que foi apresentada ao final do jogo.
E aqui me despeço com uma pequena coincidência. Hoje, dia 11 de julho, o Escudinhos completa dois anos. Há exatos dois anos a primeira cartela foi publicada aqui. Que venham mais anos. E eu, peço permissão para tirar umas pequenas férias. Em agosto eu estou de volta.
Forte abraço a todos.
E aqui me despeço com uma pequena coincidência. Hoje, dia 11 de julho, o Escudinhos completa dois anos. Há exatos dois anos a primeira cartela foi publicada aqui. Que venham mais anos. E eu, peço permissão para tirar umas pequenas férias. Em agosto eu estou de volta.
Forte abraço a todos.