quinta-feira, 31 de julho de 2008

Clássicos: Atlético-MG x Cruzeiro 2008

Uma das maiores rivalidades entre torcidas de times brasileiros é a que existe entre o galo e a raposa de BH, o Clube Atlético Mineiro e o Cruzeiro Esporte Clube, comparável às maiores do país, como Corinthians x Palmeiras, Vasco x Flamengo e Grêmio e Internacional. O Atlético é o grande vencedor da história do clássico. O Galo possui um retrospecto de 187 vitórias contra 150 do Cruzeiro. Ainda houve 123 empates entre os dois times. A maior seqüência de invencibilidade do clássico em todos os tempos também é alvinegra. Entre 1985 e 1987, o Atlético venceu treze jogos seguidos sobre o rival que, contudo, não vence há seis jogos. A última grande vitória Atleticana ocorreu no dia 24/09/2007, quando venceu por 4xo. A vitória de 5x0 do Cruzeiro na partida de ida da final do campeonato mineiro, em 27/04 deste ano, entretanto, decretou a maior derrota dos atleticanos frente aos cruzeirenses em toda a história. Apesar destes dilatados resultados, as partidas entre os maiores times do estado de Minas Gerais sempre são duras e equilibradas, levando ao delírio as duas apaixonadas torcidas.

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Atlético-MG x Cruzeiro 2008 - Cartela de escudinhos (PDF)
Atlético-MG x Cruzeiro 2008 - Cartela de escudinhos (PNG)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Kits: Atlético Mineiro 2008









De uniforme tradicionalíssimo no futebol brasileiro - que divide em cores e formas com times igualmente tradicionais, como o Santos, o Botafogo-RJ, o Ceará, o Figueirense e o Goiânia, entre outros - o Atlético-MG já foi vestido por diversos fabricantes de material esportivo, entre elas a Umbro, Adidas, a Penalty e mais recentemente, a Diadora. Atualmente, outra marca italiana serve ao clube: a Lotto, que em minha opinião, confeccionou os uniformes mais bonitos do Galo mineiro em todos os tempos. Atualmente, o clube utiliza três uniformes: a tradicional camisa listrada em preto e branco, a camisa branca (away) e uma terceira, preta. Além disso, por conta da celebração do centenário, as camisas têm sido usadas com um escudo alternativo que remete aos primeiros tempos do clube. Por fim, o patrocinador oficial do clube é, atualmente, a também italiana FIAT.

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Atlético-MG kit 2008 - Cartela de escudinhos (PDF)
Atlético-MG kit 2008 - Cartela de escudinhos (PNG)

domingo, 27 de julho de 2008

O vingador centenário

"Torcidas, as haverá mais numerosas, mas nenhum séquito futebolístico brasileiro se compara ao do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedótario heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos. "A Massa", como é simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida corinthiana ("A Fiel") a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível. A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terão realizado tal operação de mutação de um nome comum em nome próprio.(...) No caso do atleticano, a alma do time não é senão a alma da torcida. Toda a mística da camisa, das vitórias sobre times tecnicamente superiores (e também das derrotas trágicas e traumáticas), emana da épica, das legendárias histórias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o Leão, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o Atlético Mineiro. E Galo é o nome da torcida (GA-LO), bíssilabo cantável e entoável como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espírito do animal. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a Massa empurrou.(...)"

Este texto, extraido do post A Mística da Massa, (vale a pena lê-lo na íntegra) do nobre atleticano e apaixonado por futebol Idelber Avellar, é uma amostra da paixão que embala a torcida do Atlético Mineiro por seu time. O clube comemora, este ano, seu centenário, mas, seguindo a tradição de muitos clubes centenários nos últimos anos (à exceção talvez, apenas do Vasco), vem fazendo péssima figura nas competições que disputa. Não obstante, é um time popularíssimo, de grande torcida e amado pelos mais diversos cantos do Brasil.

E para iniciar a semana do Galo, uma homenagem à uma de suas maiores conquistas: o título brasileiro de 1971. O texto abaixo é também do Idelber.

"Botafogo 0 x 1 Atlético-MG. Maracanã. Jogo final do Brasileirão de 1971. Na euforia do tri, o Brasil organiza seu primeiro campeonato nacional, com vários favoritos: o Santos de Pelé, o Cruzeiro de Tostão, o Botafogo de Jairzinho, o Palmeiras de Ademir da Guia, o São Paulo de Gérson. Sem um único craque, o Galo de Dadá conquista o título. Obra pessoalíssima de Telê Santana. "

Atlético-MG x Botafogo 1971 - Cartela de escudinhos (PDF)
Atlético-MG x Botafogo 1971 - Cartela de escudinhos (PNG)
Atlético-MG x Botafogo 1971 - Youtube

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Clássicos: Brasil x Argentina 1978

Brasil e Argentina são, possivelmente, as seleções de maior rivalidade do futebol mundial. Juntas, amealharam sete títulos de Copas do Mundo e seus confrontos são sempre partidas com grande teor de dramaticidade. Um verdadeiro duelo de gigantes. Dentre os jogos realizados, quatro deles aconteceram em copas. Em 1974 e 1982, venceu o Brasil, por 2x1 e 3x1, respectivamente. Em 1990, deu Argentina, 1x0, gol de Caniggia com passe de Maradona, com o ornamento de uma polêmica sobre certa "água batizada" que os argentinos teriam dado aos brasileiros durante a partida. O único empate aconteceu na copa realizada na Argentina, um jogo que entrou para a história como "A batalha de Rosário", naquela copa em que o Brasil ficou em terceiro lugar sem ter perdido um único jogo e que os peruanos entregaram o jogo para os argentinos por 6x0. A duríssima partida entre Brasil x Argentina, que terminou num empate sem gols é um jogo que exemplifica com perfeição o equilíbrio da história de embates entre essas duas grandes seleções.

Veja mais:
Brasil x Argentina 1978 - Cartela de escudinhos (PDF)
Brasil x Argentina 1978 - Cartela de escudinhos (PNG)
A rivalidade entre Brasil e Argentina
30 anos depois, Dinamite fala da 'Batalha de Rosário'

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Kits: Chelsea 2008








Um dos mais ricos clubes de futebol do mundo na atualidade é um dos mais novos queridinhos dos torcedores brasileiros, que como sabemos, têm a prática de escolher times para torcer em todo canto do planeta (por exemplo, na Ucrânia eu torço pelo Dinamo Kviv... Shaktar Donetsk é o cacete). É, por exemplo, o time da minha amiga cruzeirense Lulu. Falo do Chelsea, time inglês de Londres, nova casa do técnico Luiz felipe Scolari e há muito de craques como o alemão Michael Ballack e o marfinense Didier Drogba. Finalista da Premier League - a primeira divisão - inglesa e da Copa dos Campeões da UEFA e envolvido na possibilidade de uma negocioção milionária - a maior de todos os tempos, no valor de 100 milhões de euros - envolvendo o atacante Kaká atualmente no Milan, o Chelsea é um dos times mais fortes da Europa.

O equipamento esportivo atual do time é fornecido pela Adidas em três versões e o patrocínio atual é da Samsung. Na cartela abaixo, o time aparece com a numeração da Premier League.

Chelsea FC kit 2008 - Cartela de escudinhos (PDF)
Chelsea FC kit 2008 - Cartela de escudinhos (PNG)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Bruxa solta e mal vestida

Dá-se a desgraça no mundo über féchon do futebol. O Flamengo está em guerra com a Nike que não quer rescindir o contrato e deixar a Olympikus (perguntem ao Renato Maurício Prado o que ele acha da marca...) pegar o osso. A Nike faz que não é com ela e desenha uma nova camisa para o rubro-negro. O Flamengo perde dois jogos seguidos com a nova camisa (que, cá para nós, é muito bonita) e a aposenta. A Nike, para se vingar, cria as camisas mais feias da história para o... Corinthians???!!! E o que é que o timão tem que ver com isso? Enquanto isso, na colina, em busca de reverter a desgraçante dívida de 250 milhões que aquele-que-não-deve-ser-nomeado-Miranda deixou de herança, o Vasco cogita trocar o fornecimento da Reebok pelos uniformes da Champs. E a Champs, como sabemos, não prima nem pela criatividade nem pela tradição. Não curti nada.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Jogos inesquecíveis: Espanha x Alemanha 2008

As finais das Copas Européias de Seleções (Eurocopas) costumam ser jogos emocionantes. Este ano, o último jogo reuniu a sempre favorita e poderosa Alemanha contra a surpreendente Espanha, seleção acostumada a prometer muito e cumprir pouco, apesar do alto nível de seus times nacionais. Era de se esperar, então, uma grande torcida pela fúria, que conquistara a competição pela última e única vez em 1964, ou seja, quarenta e quatro anos antes. E dessa vez, a seleção espanhola não decepcionou e venceu os germânicos por 1x0, gol do talentoso atacante Fernando Torres e o melhor, apresentando um futebol vistoso e ofensivo que não deu qualquer chance à seleção alemã. Merecidamente erguida pelo goleiro capitão Casillas, a EURO 2008 estava em boas mãos. Espanha x Alemanha 2008 - Cartela de escudinhos (PDF) Espanha x Alemanha 2008 - Cartela de escudinhos (PNG) Espanha x Alemanha 2008 - Youtube Nota: para fazer essa cartela, eu precisei vetorizar o atual escudo (shirt badge) da seleção espanhola. Foi um trabalhinho desgraçado, principalmente porque o escudo é bizarramente assimétrico. Quem trabalha com vetores sabe o que significa isso. By the way, o escudo vetorizado está disponível a quem interessar possa no Best Brands of The World. Basta fazer uma busca por "spain shirt badge 2008" e voilá.

Frequently Non Asked Questions 2

NB - Mas e aí, ô bacalhau fedorento, esse blog é só sobre o Vasco ou você vai falar sobre alguns times de futebol de verdade?
VP - Não, caríssimo, o blog é sobre futebol e sim, eu vou fazer semanas homenageando a maioria dos grandes times brasileiros, do exterior e seleções. A idéia é a seguinte: dentro dos formatos "Jogos Inesquecíveis", "Clássicos" e "Kits", pretendo alternar semanas dedicadas a times com semanas de cartelas avulsas, ok? essa semana que passou foi sobre o Vasco. Agora, nesta semana, teremos três cartelas avulsas. Na semana que vem, o homenageado será o Clube Atlético Mineiro, que comemora (ma non troppo, lamentavelmente...) o seu centenário. E por aí vai...

NB - Diz uma coisa... esses números que você coloca nas cartelas são os números reais dos jogadores que participaram dos jogos ou você faz essa numeração à bangu?
VP - No caso dos Kits, os números são genéricos mesmo. No caso dos clássicos genéricos, igualmente, e nesses dois casos, os kits normalmente mostram o equipamento atual dos times. Já em clássicos que se referem a algum jogo em especial ou os jogos inesquecíveis, minha intenção é colocar a numeração real dos times que jogaram as partidas. Infelizmente isso é uma informação que não é muito fácil de conseguir na rede.

NB - Outra coisa: por que você não coloca mais informações nas cartelas, como a escalação dos times, o juiz, a data certa do jogo e etc?
VP - Porque (1) isso não é o foco do trabalho e (2) porque as cartels foram pensadas também para serem recortadas e colecionadas e não há espaço para tanta informação numa folha A4.

Mais dúvidas? Façam-me saber.

Frequently Non Asked Questions

NB - Mas por que o nome "escudinhos"?
VP - Porque era o nome da sessão de recortes para botões na última página das revistas Placar, lá pelo início da década de 80. Como faz tempo que eu não leio a revista, nem sei se a seção ainda existe. No final, só publicavam times obscuros. O último do qual me lembro foi o Cori-Sabbá do Piauí...

NB - Mas vem cá, ô cara... você detalha os formatos, os números, os fabricantes... por que não pôe os patrocínios nos botões? ou os nomes dos jogadores?
VP - Porque é difícil colocar tanta informação num espaço tão pequeno. Resolvi privilegiar algumas coisas em detrimento de outras, como os patrocinadores, que afinal, não são parte da simbologia essencial das equipes, por vezes até atrapalhando o visual das camisas. Mas em alguns casos bem específicos, sim, haverá a imagem do patrocinador.

NB - E se eu quiser imprimir esses botões, como eu faço?
VP - O melhor é imprimir em impressora jato de tinta com papel couchê. Dá para usar papel fotográfico tb, mas aí os impressos não podem nem passar perto de umidade. Os botões e goleiros foram desenhados com tamanhos padrão dos botões mais profissionais (35mm). Querendo imprimir menor, me contacte que eu mando um arquivo menor por email.

Jogos Inesquecíveis: Vasco x Real Madrid 1998

Todo torcedor de grande time tem em sua memória um jogo que é uma grande frustração, um jogo cuja história faria de tudo para reescrever. Para os vascaínos, sem sombra de dúvidas, esse jogo é a final do Mundial Interclubes de 1998 contra o poderoso Real Madrid de Roberto Carlos, Raul, Illgner, Redondo, Seedorf e etc. Depois da gloriosa conquista da Libertadores, o Vasco chegou a Tóquio mais nervoso do que se esperava. E o jogo da vida dos vascaínos acabou decidido em um infelicíssimo gol contra do volante Nasa, que vinha se destacando na série de conquistas vascaínas desde o ano anterior, o do centenário do clube. O jogo com o campeão europeu foi duro e o Vasco perdeu inúmeras chances de gol. Tendo empatado o jogo com o mesmo Juninho Pernambucano que levou o time da colina à final da Libertadores, o Vasco acabou punido no final do jogo por um golaço do craque Raul. Tristeza para a ótima equipe cruzmaltina frente aos merengues espanhóis que conquistariam assim, seu bi-campeonato mundial e seriam considerados, pouco tempo depois, o melhor time de futebol do século XX.

Vasco x Real Madrid 1998 - Cartela de escudinhos (PDF)
Vasco x Real Madrid 1998 - Cartela de escudinhos (PNG)
Vasco x Real Madrid 1998 - Youtube

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Vazou?

Deu no excelente Impedimento. Seria essa a marca oficial da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?

Se for, tudo o que eu posso dizer é que eu discordo do pessoal do site. Essa marca é feia pra burro. Feia não: horrível! Não bastassem aqueles passarinhos primitivistas do PAN, agora isso. E afinal, o que é isso? uma homenagem ao Fenônimo, o jogador de futebol gordo? serpentinas de carnaval (sim, porque parece que tudo no Brasil tem que referenciar o carnaval)? E o que são aquelas expressões de aflição na "cabeça" do desenho? síndrome de maracanazo? angústia com a seleção do Dunga?

O desenho industrial nesse país vai de mal a pior, cruzes. Enquanto isso, para piorar, a Mel vai trabalhar em Seattle.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Kits: Vasco da Gama 2008

Continuando a série sobre o Vasco, eia a cartela com os uniformes atuais da equipe, no modelo fabricado pela Reebok. Como titular (home), o Vasco apresenta camisas, calções e meias brancas. O segundo uniforme (away), tem camisas, calções e meias pretas. Nem sempre foi assim, contudo. Ao contrário de vários clubes tradicionais, o Vasco já alterou essa combinação inúmeras vezes, com meias listradas ou lisas ou com faixas diagonais ou sem faixas nas costas, números vermelhos ou brancos/pretos. O uniforme atual da Reebok é tradicional nas camisas, com números vermelhos e faixa diagonal nas costas e apesar das meias lisas - as tradicionais sempre foram listradas - e de alguns detalhes em prata no uniforme, o kit é bastante harmônico e agradável. Os patrocínios atuais são da construtora MRV e do Habib's.

Vasco da Gama 2008 - Cartela de escudinhos (PDF)
Vasco da Gama 2008 - Cartela de escudinhos (PNG)

domingo, 13 de julho de 2008

Casaca!!!

"Tenho vinte e seis primaveras. Sou vascaíno há vinte e sete primaveras. Feto também é gente, de acordo com algumas pessoas doidas. Somente nesse caso, concordo com elas. Saí da maternidade num camisetão do glorioso time cruzmaltino, e desde então sei que vivi, no Rio de Janeiro, melhores emoções e vitórias que qualquer outro torcedor da minha idade. Vi três brasileiros ganhos. Vi uma Libertadores. Vi uma Mercosul. Vi incontáveis estaduais. Vi duas finais de Mundial. Perdi as duas, sim, mas estive lá, torci, chorei, gritei. Estava atrás do gol quando o animal do Edmundo zuniu pra fora. Sentei, chorei, levantei a cabeça e aplaudi meu time. Por que das derrotas é que conhecemos o caráter do torcedor. Ultimamente tava difícil compreender os rumos do meu querido clube. Entender como o coronelismo tirânico do fumador de charutos Cohiba se instaurou e se recusava a sair. Torcia arduamente para que esse pesadelo pudesse terminar. Reconhecer tudo o que o putão gordão fez pelo meu clube nos anos de vitórias é necessário, mas a forma com que conduziu minha paixão me fez rejeitá-lo e vislumbrar o nirvana que era a possa do meu ídolo-mor. Ontem foi o dia em que Dinamite sentou na tribuna de honra, e fez meu coração palpitar mais forte. O simpático Gigante da Colina está no comando. E eu, seu reles súdito, estou aqui de braços abertos aguardando um recomeço para que a nossa nau possa, mais uma vez, desfrutar de calmos mares. Casaca!!!" (Bruno Freitas, do blog Lembrança Eterna de uma Mente Sem Brilho) Não poderia ser de outra forma. O primeiro clube a ser homenageado no Escudinhos é o meu clube do coração, o Vasco da Gama. E não só por isso, mas pelo importantíssimo momento que a política do clube vive, com a eleição de um grande ídolo, aquele que até hoje detém o recorde de gols em campeonatos brasileiros, o artilheiro Roberto Dinamite, como primeiro jogador de importância que se torna presidente de um clube no país. E principalmente porque hoje, domingo, é dia de um grande clássico que há muito, é tratado como uma batalha irracional por seus dirigentes e torcedores: Vasco x Flamengo. Hoje, Roberto Dinamite e Márcio Braga, o presidente rubro-negro, sentar-se-ão juntos na tribuna de honra do Maracanã para dar um contundente exemplo do que deve ser a verdadeira rivalidade entre os clubes e torcidas: respeitosa, alegre e cheia de espírito esportivo. Zico, grande ídolo flamenguista e amigo pessoal de Roberto Dinamite, ratifica essa posição nos jornais de hoje, junto ao craque-presidente vascaíno. Para começar então a série de cartelas em homenagem ao Vasco, a primeira é justamente sobre um inesquecível jogo em que Roberto, ainda jogador, foi o personagem principal. Em sua volta de uma mal sucedida estadia no Barcelona da Espanha, o Maracanã recebeu o ídolo em um jogo pelo Campeonato Brasileiro de 1980 contra o Corinthians Paulista. Nessa partida, sob as vistas de mais de 100 mil pagantes, Roberto fez uma apresentação de gala, marcando os 5 gols da vitória vascaína por 5x2. Um jogo que nenhum vascaíno esquece.
Vasco 5x2 Corinthians 1980 - (PDF) (PNG)
Veja mais em Vasco x Corinthians 1980 - Youtube

sexta-feira, 11 de julho de 2008

E rola a pelota.

Caros amigos, leitores, torcedores e apaixonados por futebol, inicio hoje esta saga interminável com a intenção de divertí-los e levar ao lume um pouco das centenas de histórias interessantes que envolvem o velho e rude esporte bretão que eu guardo em minha memória (auxiliado, claro, pelos gugoles de plantão...).

Antes de mais nada, contudo, acho que vale um pequeno preâmbulo sobre o assunto que pretendo abordar. Para começar, queria me referir a um texto: este, sobre a falta de uma Rede Social de Futebol no Brasil.Pois bem, ela está sendo iniciada em vários lugares, com visões diferentes e complementares. Sites com dados históricos sobre futebol existem aos montes, sem contar, claro, as páginas oficiais dos clubes. Começam a bombar também comunidades de colecionadores, como a do excelente site Minhas Camisas, do Felipe Marx, de São Paulo. Paralelamente, muitos designers, há anos, já produzem um vasto acervo histórico sobre os uniformes dos clubes, contando inclusive com a participação de desenvolvedores criativos de uniformes ainda não usados - conhecidos popularmente como mocapeiros, do inglês mock-up (modelo) - sem falar nas incontáveis galerias fotográficas sobre futebol . Vários desses sítios podem ser percorridos aqui ao lado, no blogroll.

Minha humilde participação nessa rede vai tentar contemplar, entretanto, um aspecto pouco trabalhado nessa grande rede virtual de apaixonados: a questão das cores do futebol. E vejam, quando eu falo disso, não me refiro a tons de vermelho ou azul, ou pantones, ou padronagens. Falo da simbologia da coisa.

É que o torcedor e apaixonado costuma procurar na rede as informações sobre seus times de preferência. Muitos livros são escritos sobre agremiações em especial e sites e mais sites sobre times são criados. Mesmo nas páginas de designers, de escudos, de numerações e de uniformes, a tendência é isolar cada time, mesmo quando a coleção é enorme. Só que antes de mais nada, futebol é uma batalha entre duas equipes. E isso, apesar de óbvio, é visualmente esquecido, a não ser nas galerias de fotos. Historicamente, a questão das partidas em si é tratada muito mais estatisticamente que visualmente.

Para falar - e mostrar esse assunto - eu escolhi um tema que parece anacrônico nesses dias de Fifa Soccer, Winning Eleven e PES: o velho jogo de botões. Eu, que comecei minha "carreira" de desenhista gastando centenas de folhas semanais de papel ofício e hidrocores rabiscando escores de jogos, passei muito tempo reciclando meus botões antigos com adesivos feitos à mão, em intermináveis tardes de gazetamento de estudo. Tendo, há mais de dez anos, descoberto as maravilhas da diagramação eletrônica - e em especial, os programas vetoriais - transferir meu trabalho de colecionador de botões das caixas de sapato para as pastas no micro foi um pulo. O resultado desses anos de aperfeiçoamento será colocado neste site, junto com a habitual verve que meus leitores acompanham no Pirão Sem Dono há mais de cinco anos.

Somente uma coisa muda: no Pirão, eu falo de minhas paixões como elas são: paixões. Aqui no Escudinhos, os times dos quais eu falarei não serão exatamente, os pelos quais eu torço. Muitas vezes eu falarei de times pelos quais eu não nutro qualquer simpatia, pelo prazer de buscar duas coisas em especial: a propagação da gentileza, do fair play, do respeito e da honra dos grandes combatentes e a disseminação da idéia de que a parte inexiste sem sua contraparte. O que seria afinal, do Batman sem o Coringa? E do Superman sem Lex Luthor? Teria o Flamengo o tamanho que tem sem que houvesse o Vasco para enaltecer suas vitórias? Que dizer de rivalidades tão coloridas e ricas quanto entre Real Madrid e Barcelona, River Plate e Boca Juniors, Internacional e Grêmio, Atlético Mineiro e Cruzeiro? O que é um estádio repleto de apenas um time, uma cor, um lado da história, senão solidão e impossibilidade?

Este é o caminho que escolhi, portanto. O de tratar a rivalidade no campo que ela merece ser tratada: o do esporte e no limite das linhas. Meu trabalho será o de disponibilizar tanto para registro quanto para diversão e coleção cartelas de times de botão que representem kits de uniformes, grandes clássicos e jogos inesquecíveis. Também pretendo colocar no ar trabalhos vetorizados de numerações, marcas de fabricantes e escudos que não estejam disponíveis na rede ou melhorados por mim, sempre, é claro, com o devido crédito, que essa sempre foi minha atitude nesses cinco anos.

E no mais, o que eu posso dizer é: sejam todos muito bem-vindos ao Escudinhos.