segunda-feira, 29 de março de 2010

Jogos Inesquecíveis: Brasil em semifinais (1ª parte)

Tenho a teoria, formada depois de assistir a pelo menos oito copas e estudar todo o resto delas, de que as semifinais são, na maior parte dos casos, os melhores jogos da copa. Na verdade, a semifinal é um jogo em que o físico da equipe já está no limite, mas ainda não se alcançou o cume da montanha - a final - e voltar para casa faltando um jogo (3° lugar não conta, ?) seria insuportável. A final costuma ser um jogo mais tenso, mais estudado, menos afoito. Semifinais são duelos de desesperados. Isto posto, apresento quatro emocionantes semifinais das quais o Brasil participou - e venceu. E em apenas uma delas, não foi o time que se sagraria o campeão do mundo.

1958 - O Brasil enfrentou os franceses em três ocasiões nas Copas do Mundo. Três delas foram traumáticas para os brasileiros - em 1986, 1998 e 2006. A outra ocasião, contudo, talvez tenha doído mais nos gauleses do que jamais doeu nos brasileiros. O time derrotado em 1958 pelo esquadrão de Feola - com Pelé, Didi, Vavá, Garrincha e outros gênios - era a mais esperançosa seleção francesa que já chegara a uma copa. Um de seus jogadores, Just Fontaine, magrebino como Zidane, era um extra-classe. É dele, até hoje, o recorde de gols marcados numa única copa, treze. Mas Fontaine era apenas um. No estádio Råsunda, a França foi abatida como um frango por 5x2. Parecia até que ia ser difícil. Vavá marcou um golaço aos dois minutos e justo Fontaine (sem trocadilho) empatou aos nove. Depois veio o massacre: um golaço de Didi e três gols de Pelé, com um show de Garrincha em campo. A França ainda descontou mas era tarde. O Brasil prosseguia na copa, para com o manto azul de Nossa Senhora, derrotar os vikings suecos em seus próprios domínios.

Brasil 5x2 França 1958 - (PDF) (PNG)


1970 - Vinte anos depois do maracanazo, Brasil e Uruguai se encontraram em um jogo de Copa do Mundo e o final da história não poderia ter sido melhor para os brasileiros. A boa seleção cisplatina não foi páreo para a máquina do tri. O Uruguai saiu na frente - Luiz Cubilla marcou aos 18 minutos - e depois assistiu a uma apresentação de gala de Pelé, que não fez gol - foram marcados por Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino - mas fez chover. O jogo foi dele, que comandou o ataque, fez jogadas magistrais, entre elas o mais bonito não-gol da história, num drible desconcertante e inesquecível sobre Mazurkiewicz, e ainda teve tempo para aplicar uma cotovelada em um dos defensores uruguaios que o acossava em campo e sair com a expressão cínica e inocente de quem não tinha feito nada, enquanto seu marcador agonizava no gramado. Expulso, não poderia estar na final. Mas juiz algum teria a coragem de fazê-lo e o pusilânime espanhol Jose Maria de Mendibil, para a felicidade dos brasileiros, não o fez. Um jogo espetacular para vingar a alma de toda uma torcida.

Brasil 3x1 Uruguai 1970 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Kits: Chile, Dinamarca, Holanda e Paraguai 1998

Finalizando a semana dedicada à malfadada Copa da França em 1998, mais quatro seleções: Chile e Dinamarca, que enfrentaram o Brasil nas oitavas e quartas-de-final, respectivamente; o exótico uniforme azul que a Holanda utilizou na partida contra a Bélgica e o eficiente e brioso Paraguai de Arce, Gamarra e Chilavert, que tristemente caiu diante da França nas oitavas-de-final, por conta de um "gol de ouro" de Laurent Blanc.


Chile 1998 - (PDF) (PNG)


Dinamarca 1998 - (PDF) (PNG)


Holanda away 1998 - (PDF) (PNG)


Paraguai 1998 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Kits: África do Sul, Escócia, Marrocos e Noruega 1998

Depois do sucesso brasileiro em 1994, chegávamos à França, quatro anos depois. Uma copa que começou bem mas que, aos poucos, tomou contornos dramáticos. A volta de Zagallo ao cargo de técnico, a derrota para a Noruega, a tensa semi-final com a Holanda e a inexplicável derrota para a França na final. Tudo isso fez a história da última Copa do Mundo do séc. XX. Esta semana é dedicada a este torneio, com oito kits. Hoje, temos o único uniforme usado pela África do Sul em sua primeira participação em copas e os três times que enfrentaram o Brasil na primeira fase: Escócia, Noruega e Marrocos.


África do Sul 1998 - (PDF) (PNG)


Escócia 1998 - (PDF) (PNG)


Marrocos 1998 - (PDF) (PNG)


Noruega 1998 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Kits: Camarões, Grécia, Rússia e Suécia 1994

Encerrando a semana da copa de 1994, as três seleções que enfrentaram o Brasil na primeira fase do torneio - Camarões, do veteraníssimo Roger Milla, o mais velho jogador a marcar gol numa copa, aos 41 anos; a Suécia, de Martin Dahlin e Brolin, que deu bastante trabalho aos brasileiros; a Rússia, em sua primeira participação pós-URSS, com o artilheiro Salenko, que detém o recorde de gols marcados numa única partida - cinco, na goleada sobre Camarões, que descontou justamente com Milla - e a Grécia, em sua primeira participação numa copa do mundo.


Camarões 1994 - (PDF) (PNG)


Grécia 1994 - (PDF) (PNG)


Rússia 1994 - (PDF) (PNG)


Suécia 1994 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Kits: Alemanha, Argentina, Irlanda, Espanha e Nigéria 1994

Copa dos EUA, 1994, a controvertida copa do tetra, uma daquelas copas talhadas para o Brasil vencer, realizada em um país sem tradição no futebol, mas que precisava ocorrer muito mais pelo business que pelo esporte. A copa americana foi, sob vários aspectos, uma copa sui generis. Especificamente no caso dos uniformes, a copa de 94 praticamente marcou o início da era das coleções, ou patterns, os padrões criados pelas grandes marcas para vender especificamente as próprias marcas, sem ligar muito para as especificidades de cada seleção em particular. Bom, isso é uma longa história, que começou em 1974 com a Adidas, atingiu os píncaros do absurdo em 2002 com a Nike e que afortunadamente, há alguns anos, começou a deixar a esfera do futebol. Mas a copa dos EUA, como era de se prever, foi a copa do kitsch. De um lado, os horrendos padrões da Adidas - entre eles o que eu chamo de histeria dos losangos, que atingiu Alemanha, Argentina, Noruega e Espanha - e os berrantes uniformes de Jorge Campos, o inusitado goleiro mexicano. Do outro lado, havia a elegância - para a época - dos uniformes Diadora italianos, desenhados por nada menos que Giorgio Armani. Para apreciarmos um pouco e nos divertirmos também, trago cinco kits hoje, todos da Adidas: A Alemanha do já decadente Klinsmann, a seleção Argentina onde Maradona teria o réquiem de sua carreira, a Irlanda de Roy Keane; a Espanha de Julio Salinas, que pela primeira vez utilizaria um uniforme branco em uma Copa do Mundo e a surpreendente Nigéria de Amokashi e Amunike, em sua primeira participação em copas.


Alemanha 1994 - (PDF) (PNG)


Argentina 1994 - (PDF) (PNG)


Espanha 1994 - (PDF) (PNG)


Irlanda 1994 - (PDF) (PNG)


Nigéria 1994 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Jogos Inesquecíveis: Argentina em Copas (2ª parte)

Fechando a série sobre grandes jogos da Argentina em copas, as duas partidas que deram os dois títulos que os hermanos possuem.

1978 - Controversa desde o princípio, por conta dos problemas políticos que a Argentina passava por conta da ditadura militar que comandava o país, a Copa de 78 acabou mesmo como se previa, com o título dos donos da casa. Depois de terem conseguido uma vitória até hoje questionável sobre o Peru - jogo que tirou do Brasil a vaga para a final - os argentinos foram enfrentar a Holanda, que tinha ainda alguns remanescentes da traumática derrota para a Alemanha quatro anos antes - não Cruyff, contudo, que não foi à copa justamente protestando contra o governo local. Em campo, em um Monumental de Nuñez absolutamente lotado, a Argentina catimbou do início - quando exigiu que o juiz tomasse uma providência em relação ao gesso que o capitão holandês Rene Van Der Kerkhof usou durante toda a competição - até o fim, com sua conhecida malandragem. Depois de um período normal empatado em 1x1, a Holanda não resistiu e perdeu o jogo para a equipe de Daniel Passarella e Mário Kempes por 3x1.

Argentina x Holanda 1978 - (PDF) (PNG)


1986 - A equipe argentina da Copa de 1986 nem de longe enfrentou os problemas pelos quais o time de 78 passou. O time era outro, uma equipe brilhante, capitaneada por um gênio na plenitude da forma. A Argentina da segunda copa do México era uma equipe inquestionável e mostrou isso até o último instante, diante da forte Alemanha de Rummenigge, Vöeller e Matthäus. O jogo foi duro e disputado, mas ao final, a equipe de Carlos Bilardo superou a de Franz Beckenbauer. Maradona nem precisou deixar o seu. A vitória por 3x2 foi construída pelos coadjuvantes Brown, Valdano e Burruchaga, autor do gol do título. A Argentina era bicampeã do mundo, dessa vez, com toda a glória e merecimento.

Argentina x Alemanha 1986 - (PDF) (PNG)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Jogos Inesquecíveis: Argentina em Copas (1ª parte)

Bom dia leitores. Esta semana que começa com o dia que homenageia as mulheres, será dedicada a um país que tem nome de mulher: a Argentina. São quatro jogos que certamente são inesquecíveis aos nossos hermanos.

1990 - O final da Copa da Itália sem dúvida não foi dos mais felizes para os Argentinos. Mas a semifinal certamente foi bem mais triste para os anfitriões. A Argentina enfrentou de igual por igual a equipe italiana, que começara o torneio - para variar - desacreditada, mas cresceu empurrada principalmente pelo fenômeno de popularidade que se tornou o artilheiro Salvatore Schillaci. A partida realizada em Nápoles, com a torcida dividida entre a seleção local e Diego Armando Maradona, à época ídolo máximo do time local, terminou em 1x1, com gols justamente dos atacantes Schillaci e Caniggia. Nos pênaltis, contudo, a estrela foi o fenomenal goleiro Goycochea, que ficou famoso naquela copa justamente defender penais. A Argentina venceu por 4x3 e se credenciou para a final, cuja história, conhecemos.

Argentina x Itália 1990 - (PDF) (PNG)


1986 - Eu não tenho dúvidas de que, se perguntado a um argentino qual o jogo mais fantástico de sua seleção numa copa do mundo, a resposta será sempre o jogo que ocorreu no dia 22 de junho de 1986, no monumental Estádio Azteca, na Cidade do México. Naquele dia, um jogador mostrou o que seria a imagem e semelhança de Deus se Este jogasse bola. Apenas dois gols, apenas duas jogadas de poucos segundos cada. Mas imagens eternas, que nenhum apaixonado por futebol consegue esquecer. Foi contra a Inglaterra, nas quartas de final da Copa do México, que Maradona só não fez chover porque foi humilde. E mais não há o que se dizer.

Argentina x Inglaterra 1986 - (PDF) (PNG)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Kits: Áustria, Camarões, Egito e Escócia 1990

Fechando a semana sobre a Copa de 1990, temos a Áustria - com possivelmente seu mais exótico uniforme em toda a história -, Camarões que, pela primeira vez, usou um uniforme reserva em jogo de copa; o Egito, em seu segundo mundial e a Escócia, novamente adversária do Brasil, como em 74, 82 e posteriormente, em 1998.
Áustria kit 1990 - (PDF) (PNG)
Camarões kit 1990 - (PDF) (PNG)
Egito kit 1990 - (PDF) (PNG)
Escócia kit 1990 - (PDF) (PNG)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Mais 100

E depois de ter chegado aos 100.000 acessos, agora cheguei aos 100 seguidores na galeria de leitores do Google. Muito bom.

Amanhã tem mais.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Kits: Colômbia, Irlanda, Romênia e Suécia 1990

Esta semana a postagem do Escudinhos será sobre a copa de 1990, aquela malfadada em que a seleção de Lazaroni bebeu da água batizada dos argentinos e voltou bem mais cedo para casa. Apesar disso, a segunda copa da Itália, teve meia dúzia de jogos e personagens inequecíveis, como o goleiro colombiano René Higuita ou o artilheiro italiano Salvatore Schillaci. Serão oito seleções, começando hoje pela Colômbia de Carlos Valderrama, pela Irlanda de Paul McGrath e Tony Cascarino, a Romênia de Gheorghe Hagi e a Suécia de Thomas Brolin.

(Nota: o uniforme original romeno de 1990 não apresentava o escudo da federação.)


Colômbia kit 1990 - (PDF) (PNG)


Irlanda kit 1990 - (PDF) (PNG)


Romênia kit 1990 - (PDF) (PNG)


Suécia kit 1990 - (PDF) (PNG)