Mais três jogos inesquecíveis para a gente lembrar da participação brasileira nas Copas do Mundo. Hoje, duas importantes vitórias e uma derrota marcante para vocês curtirem e relembrarem.
1954 - Na primeira copa em que o Brasil utilizou a camisa amarela que faria história no mundo do futebol, a camisa que encantava o mundo, na verdade, era a vermelha dos mágicos magiares, a fabulosa seleção húngara que já assombrara o mundo desde o ano anterior, ao derrotar a poderosa Inglaterra pela primeira vez em Wembley. Pois foi sem seu maior ídolo, Puskás, que os húngaros enfrentaram o Brasil nas quartas de final da copa da Suíça. O jogo, que por sua violência ficou conhecido como a batalha de Berna, acabou com um saldo até pequeno de expulsões - apenas duas. Isso não diz o que foi aquela cruenta partida, em que o Brasil foi eliminado da competição, após perder por 4x2. A Hungria, como é sabido, venceria o Uruguai campeão do mundo em uma emocionante semi-final e partiria para encontrar sua nêmesis - a Alemanha de Fritz Walter - na dramática final que sepultou um dos maiores times da história.
1982 - A seleção de Telê Santana chegara à Espanha, em 1982, envolta em um misto de descrença e esperança. A derrota no mundialito do Uruguai um ano antes, tinha sido um duro golpe na renovação que se dava no time que disputara a copa anterior. Da copa de 78, em campo para a primeira partida, contra a forte União Soviética de Blokhim e Dassaiev, estavam Oscar, Dirceu e Zico, dessa vez titular absoluto do meio campo. E a partida começou mal, muito mal. Nervoso e desestruturado em campo, o Brasil cedeu espaços e aos 34 min, o jogador soviético Bal acertou um chute que o goleiro Valdir Peres - em um frango histórico - não conseguiu segurar. No segundo tempo, porém, a seleção começaria a mostrar um bom futebol. A partir daí, até o desastre do Sarriá, os brasileiros apresentaram um jogo encantador, mágico, vistoso e acima de tudo efetivo. O Brasil virou o jogo, com dois arrepiantes golaços de Sócrates e Éder em que o fabuloso goleiro Rinat Dassaiev nada pode fazer.
2002 - O meio campista Ronaldinho Gaúcho, eleito melhor jogador do mundo e ídolo em times como o Barcelona e o Milan, teve poucos momentos de brilho na seleção brasileira, apesar de seu incrível talento com a bola. Em jogos esporádicos, de eliminatórias e copas América, Ronaldinho brilhou, mas jamais foi, com a amarelinha, o craque infernal que era nos clubes. Entre os poucos jogos em que ele teve uma atuação verdadeiramente de gala na seleção, o mais importante, sem dúvida é o das quartas-de-final contra a Inglaterra, na copa de 2002. No mais tenso dos jogos brasileiros naquela copa, o camisa 11 brilhou fazendo a jogada do gol de Rivaldo - o de empate, pois os britânicos haviam saído na frente - e depois fazendo o gol da vitória numa cobrança de falta magistral que deixou abismados os torcedores e humilhado o goleiro inglês Seaman. Ronaldinho ainda teve tempo de ser expulso de campo por uma jogada faltosa, mas retornou para a partida final contra a Alemanha para comemorar o penta conquistado pela famiglia Scolari.
9 comentários:
Excelente a idéia da série e já a pauta, no ritmo da copa, é seleções, porque não dar oportunidade a algumas sem tradição que participaram de mundiais: Iraque 86, Haiti 74, Marrocos 86. Abraços.
É marcão, vc foi mto feliz em lançar estas memoráveis postagens pré-copa, está fabuloso estes Kits que nos faz voltar ao tempo em que o futebol encantava todas as gerações. Não que hoje não encante, mas temos que concordar que a magia criada antes de cada jogo da nossa Seleção naquela época, éra visto por nós com olhos de uma criança menos crítica, menos exigente, movida a emoção!
E toda essa ansiedade servia para alimentar e aumentava a nossa capacidade de gravar fatos que vc está trazendo de volta através destes textos históricos e é claro, destes Kits fantásticos, como este da antiga União Soviética(CPPP). Parabéns Mestre!!!
Um abração e até a próxima postagem...
Antônio, aguarde e confie que em breve vão sair umas seleções bem legais de várias copas.
E valeu, mais uma vez, Gerson, pelo comment.
Abraços.
Olá Marcos VP, tudo bem?
Me chamo Marcelo e sou de Bh.. simplesmente show seu Blog...adoro futebol de botão e gostaria de montar uma exposição com os times do cruzeiro no meu quarto. porém, não sei qual seria o melhor botao pra montar as equipes. Seria os da Guliver, ou existe alguma emrpesa que vende peças sem escudos? Pode me ajudar nessa informação? Grande Abraço
Marcelo, existem sim lojas quem vendem diversos tipos de botão sem escudos. Procure no Google pelos sites "Bola e Botão" e "Point do Botão". Essas são do Rio, eu não conheço em BH, lamento.
Abs.
ta errada a fonte da inglaterra
a fonte certa é um times new roman
Lucas, você tem razão em parte. A fonte não é essa mesmo, mas nem de longe é Times New Roman. Possivelmente é uma fonte própria da Umbro. Vou ver se encontro alguma mais semelhante e refaço a cartela.
Abs.
Muito boa a série parabéns!
Espero que saia um dia aquela fatidica final de 98. a parte o final triste para nós, eram dois belos kits em jogo.
Sobre o time da União Soviética, eu queria deixar uma curiosidade. Não sei se vale muito como comentário bom, mas achei legal dividir. É que em 1999, eu aprendi um pouco de russo, e com isso, hoje sei que o CCCP da camisa deles (na verdade, SSSR, pois o "C" no russo é o nosso "S", e o "P" é um "R") era a sigla para "Socialitsky Sovetskáya Sóyuz Respubliky", ou União das Rep. Socialistas Soviéticas, time que já teve os grandes goleiros Dasaev e Yashin "Aranha Negra". E li que esse time em 1982 sofreu com os chutaços do Éder, um 2x1 memorável!
Abraços _ Nico
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