Continuando a pequena série sobre a Alemanha, duas vitórias inesquecíveis - para eles - e trágicas para os adversários.
1954 - Por duas vezes a seleção alemã foi a algoz de uma equipe de futebol considerada mágica. Em 1974 (jogo já publicado aqui) , a vítima foi o carrossel holandês de Rinus Michels, comandado por Johann Cruyff. Mas nada se compara ao assombro vivido no Stade de Suisse Wankdorf, em Berna, no dia 04 de julho de 1954. É que de um lado, estavam os mágicos magiares, a seleção húngara de Puskás, campeã olímpica em 1952, que um ano depois vencera pela primeira vez a Inglaterra em Wembley e que já humilhara, naquela mesma copa, a própria Alemanha ao vencê-la na primeira fase por 8x3. Nenhum dos espectadores presentes poderia supor que a Alemanha pudesse vencer a fabulosa Hungria. Mas os deuses do futebol, como diria Armando Nogueira, são caprichosos. Naquele dia, os húngaros esbarraram na própria superioridade. Preparados para vencer, não suportaram a adversidade. Fritz Walter, capitão alemão, levantou a taça Jules Rimet. E os jogadores húngaros nunca mais conseguiram levantar a cabeça.
1990 - A Alemanha de 1990 era a vice-campeã mundial. Havia perdido para a fabulosa Argentina de 1986. Poderia ser uma equipe ressentida, mas se o era, era daquele jeito quieto e trabalhador que os alemães costumam ser. Da copa anterior sobrara apenas uma base que o tempo burilou para que ficasse ainda melhor do que era antes: Rudi Vöeller, Andreas Brehme, o notável Lothar Matthäus e o técnico Franz Beckenbauer. Além disso, juntou-se a eles um elemento novo: a juventude e técnica de um atacante em pleno espendor, chamado Jürgen Klinsmann, não a tôa apelidado de kataklinsmann. A vítima, na final da enfadonha copa da Itália não poderia ser melhor: a mesma Argentina de Burruchaga, Ruggeri e Maradona. E a vingança veio. Bastou aos alemães cozinharem os argentinos em fogo brando na dura decisão no estádio Olímpico de Roma. Sem Caniggia, suspenso, a Argentina não tinha o mesmo poder de fogo de antes e acabou apelando para um jogo truncado e violento. A punição veio aos 39min do segundo tempo, quando o árbitro caiu num maroto jogo de corpo de Vöeller e marcou penalty contra os argentinos. Diante de um brilhante Goycochea, goleiro reserva que já havia defendido quatro penalidades naquela copa, o eficiente Brehme não desperdiçou. O choro de Maradona e o sorriso aberto dos campeões Matthäus e Beckenbauer foram as imagens finais da copa do mundo de 1990.
2 comentários:
Olá Marcão mto boa tarde! Como estou de férias, fiquei longe do computador por quase 10 dias. Mas já estava com o pensamento nas novas postagem, e hj tive a oportunidade de dar uma olhadinha e fiz questão de deixar meus parabéns pela grande marca dos 100 mil acessos(vide coments da comemoração).
E pra variar, continua fantástica esta série dos "Jogos inesquecíveis" e inesquecível foi a Alemanha campeã da copa de 90 com aquele time bem arrumadinho pelo então técnico alemão Franz Beckenbauer, que tinha no ataque nada mais do que Lothar Matthäus, Klinsmann e Völler. O goleirão Illgner, e o resto do time formado por: Augenthaler, Berthold, Kohler, Buchwald, Brehme(jogava mto), Hassler e Littbarski... Sem comentários, que saudades!
A camisa tradicional branca com detalhes na cor da bandeira alemã é a mais bonita e vistosa como esta da postagem.
Valeu Mestre, um saudoso abraço e até a próxima postagem!
Estão show de Bola Marcão!!!
Como sempre.
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