Eu costumo chamar a Copa da Alemanha, em 2006, de "A copa-show". Foi a primeira a ser transmitida em alta definição, com uma tecnologia de imagem tão superior que quase todos os preconceitos - ou normas - em relação às combinações de cores entre os uniformes das seleções que se enfrentavam foram ignorados. Por exemplo, só com uma autorização da Fifa, Brasil e Alemanha puderam disputar a final de 2002 com seus uniformes titulares. Em 2006, foram 13 os jogos entre seleções que vestiam branco contra seleções que usavam amarelo, incluindo aí a famigerada derrota do Brasil para a França. Mas a Copa de 2006 ainda reservaria a surpresa de trazer, pela primeira vez, uma nova marca hegemônica no fornecimento de uniformes. Foi a Puma, empresa irmã da Adidas - quem não conhece a história da guerra fratricida entre os irmãos Dassler? - quem conseguiu a proeza de ficar pela primeira vez na liderança das fornecedoras, com 12 seleções, contra as 8 que a Nike trouxe da Ásia e minguadas 6 da Adidas, que perdera quatro desde a Copa anterior. Os segredos da Puma? Uma padronização seletiva, que ao mesmo tempo em que dava uma aparência extremamente moderna ao seu material, respeitava as identidades de cada seleção, com o uso extensivo de gravuras representativas de cada país aplicadas em estilo marca-d'água. Além disso, a empresa alemã ampliou seus horizontes, saindo das fronteiras onde atuava e buscando nos países emergentes, em especial na África, novos mercados. Por fim, deu um destaque merecido às seleções top-de-linha de seu catálogo, como a futura campeã Itália, que teve seu uniforme - um dos mais bonitos de todos os tempos em minha opinião - desenhado em parceria com os afamados estilistas Dolce & Gabbana. Com isso, a Puma encheu os olhos e os bolsos e fez a festa na Copa realizada no seu quintal.
Hoje, para começar a semana sobre a Copa de 2006, quatro kits da Puma, de quatro seleções africanas que jamais haviam disputado uma Copa do Mundo: Angola, Costa do Marfim, Gana e Togo.
5 comentários:
Muito bom Marcos o post dessa semana....gostei tanto dos uniformes da Puma de 2006, que comprei as camisas da Costa do Marfim, de Camarões e do Senegal, realmente foi o renascimento da Puma, inclusive li o livro de Barbara Smit "Invasão de Campo" que conta em detalhes a história da Adidas e da Puma. Grande Abraço!!
eu tbm gostei desses uniformes
marcão:
muito bom estes posts de 2006 será que sai a Rep Tcheca e Suécia 2006?
Um grande abraço e muito obrigado por este seu blog.
Paulo, Suécia e República Tcheca vão ficar para uma próxima vez. Na quinta saem os outros 4 times que jogaram com o Brasil em 2006. Gana já está aí. Lembra os outros? Abs.
Gana,
Goleiro reserva e jogador do uniforme 2 estão com o mesmo numero (16)
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