Depois das semanas especiais com times estrangeiros e com os clubes da série B do Brasileirão, tiro esta semana que entra para matar todos os pedidos de cartelas de
seleções de futebol que estavam pendentes. Começamos aqui com dois jogos que brasileiro nenhum esquece, por mais doloridos que tenham sido.
1. A tragédia do Sarriá.
Desde o fracasso de 1974, a seleção brasileira não inspirava confiança na torcida. A copa de 1978, que nos fez "campeões morais" foi disputada com um time bastante questionado. Em 1981, um time que começava a ser arrumado pelo mestre Telê Santana, fez uma boa campanha na Copa Oro - o
Mundialito - realizada no Uruguai. Contudo, perdeu a final para os donos da casa, frustrando quem não via cor de título fazia 10 anos. E até o momento em que estreou na copa de 1982, a seleção de Zico, Sócrates, Júnior, Cerezo e Falcão ainda não era uma unanimidade. Poucos não lembram do quadro humorístico em que Jô Soares dizia: "bota ponta, Telê!"
O fato é que, durante a copa, a seleção engrenou. Mesmo com pontos fracos óbvios, principalmente no gol e em seu centro-avante, o tresloucado Serginho Chulapa, a seleção arrancou uma vitória dramática sobre a URSS e três vitórias maiúsculas sobre Escócia, Nova Zelândia e Argentina. A seleção de 82 ganhava status de "máquina" e o céu era o limite.
Mas aconteceu o dia 5 de julho. E o jogo no acanhado estádio Sarriá, em Barcelona. E a Itália de Paolo Rossi. E o jogo que, em minha opinião, divide com o
maracanazo de 1950 o título de o mais triste da história da seleção. A história já foi contada mil vezes. O nó na garganta - que nem o título sobre a mesma
azurra em 94 foi capaz de desatar - perdura até hoje.
2. Um retorno melancólico.
Voltar ao México, local onde a seleção brasileira viveu seu melhor momento na história das copas, parecia sinal de bons augúrios. Telê Santana continuava no cargo de técnico, mas o time já não era o mesmo. Se no ataque, tinha uma dupla - Careca e Müller - que estava no auge e fazia a diferença, na verdade o resto do time ou era realmente limitado - Elzo, Josimar, Júlio César, Carlos - ou já sentia os anos - Júnior, Sócrates, Zico. E o peso dessa seleção torta e que mesmo diante de adversários fragílimos, como Argélia, Polônia e Irlanda do Norte, atravessou aos trancos e barrancos a primeira fase e as oitavas-de-final, fez-se sentir no jogo das quartas-de-final, justamente num irônico 21 de junho - dia da conquista do Tri - e justamente no legendário Jalisco de Gadalajara, estádio que tanta magia brasileira já tinha assistido. O adversário, a França, também era um time embolorado, que não era nem sombra da bela equipe de 1982. O jogo então, se deu de erros em erros. A França errou menos. Platini marcou e perdeu um pênalti. Mas, pelo Brasil, a fraqueza de Zico, a indolência de Sócrates e a pouca sorte de Júlio César determinaram o resultado. Começava ali um tabu de derrotas para a França em copas que já duas décadas.
8 comentários:
Marcos,
qual não foi minha imensa surpresa ao abrir a página e ver meu (e talvez não só) pedido realizado... Muitíssimo obrigado!
Quem sabe agora eu consiga fazer o Brasil vencer os dois jogos...rsrsrs
Grande abraço e continue o excelente trabalho!
Já agora, aproveitando o clima de nostalgia, posso abusar e fazer mais um pedido? rsrsrs.
Seria fantástico ver o eletrizante Itália x Alemanha da Copa de 1970 e também o não menos emocionante jogo da final da mesma Copa, Brasil x Itália, para fechar com chave de ouro aquele magnifico torneio.
Grande abraço.
Beleza, Bira. Qualquer hora sai. Abs.
Mais uma vez o parabenizo pelo excelente trabalho, principalmente no meu pedido do Uruguai de 95. Aproveitando a deixa, gostaria dar uma sugestão. Quem sabe uma sessão somente com uniformes alusivos aos centenários de grandes equipes do futebol mundial tais como Barcelona, Milan, Boca Jrs, Grêmio, Flamengo e outros.
Abraços
VP, talvez você possa me tirar uma dúvida... Você representou o Brasil de 82 com o escudo da Jules Rimet. Mas eu tenho a impressão de ter visto a seleção jogar com o escudo parecido com o atual, que seguia o desenho do da antiga CBD. Os dois padrões foram usados?
Rafael, o escudo com o mesmo padrão da CBF foi usado, se não me engano, entre o meio de 1981 e o início do ano de 1982, época em quem foi lançado o escudo com a imagem da Jules Rimet e o patrocínio do IBC. Nas copas de 1986 e 1990, o escudo com a Jules Rimet ainda era usado, sem a imagem do IBC. A partir da mudança de fornecedor da seleção, da Topper para a Umbro, ocorrida salmo melhor juízo em 1992, o escudo voltou a ser o mesmo que é usado até hoje.
Quero parabenizar seu trabalho, me chamo clayton, tenho 31 anos e vendo o seu blog me senti motivado a voltar minha coleçao.Inclusive, ja imprmi e montei um Time da Juventus, italia, e agora to motando os outros.
Tenho ainda meu primeiro time, o vasco, copa de ouro, e muitos outros que estao intactos.
Grande abraço e sugiro o jogo BRAsil x Seleção do MUndo, no aniversário de pelé 50 anos.
Clayton, vou procurar esse jogo. Só não prometo para este semestre ainda.
abs.
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