"Ser gremista não se descreve. É um prazer, um privilégio, uma religião. O uniforme é o mais bonito que existe. A tradição centenária, as batalhas vencidas as derrotas sofridas mas sempre oferecidas a um preço altíssimo! Ser Gremista é cantar sempre, é ter a alma celeste, o sangue azul e a certeza de que não está morto quem peleia!"
As palavras do companheiro Tarsis não mentem. Há diversos times brasileiros que se notabilizaram pela raça e determinação, como o Flamengo de Rondinelli, o Deus da raça, ou o Machão da Gama, um dos diversos epítetos do time da colina ou o Corinthians da fiel torcida. Mas nenhum desses traz esa tradição gravada a fogo em sua índole como o Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, clube de times que jogam duro - e às vezes até deslealmente, como na conquista de sua primeira Libertadores. O Grêmio, eternizado por chefões de dentro e fora de campo, como Hugo DeLeón e Felipão e chamado de "time uruguaio" quando a ele querem se referir pejorativamente, é um time que divide sim, com os hermanos uruguaios e argentinos, o celeste da camisa, cor pouco utilizada Brasil afora. Mas é brasileiro, de grande torcida em todo o território e time de tradições, história e títulos grandes. E que mesmo nas situações mais desesperadoras, se recusa a cair.
Foi o caso de um dos jogos mais dramáticos da história do futebol brasileiro, jogo que deu ao Grêmio a pecha de imortal e que estará guardado para sempre na memória dos azuis gaúchos como "a batalha dos Aflitos". Coincidentemente, não faltou aflição a quem assistiu à inesquecível refrega de 26 de novembro de 2005 na cidade do Recife. O jogo, piada pronta dos rivais colorados - afinal, era um Gre-Nau - era a final da série B daquele ano e aos dois clubes, o Grêmio e o Náutico, só interessava a vitória. Aos 35 minutos do segundo tempo, o jogo estava em 0x0 e reinava o caos. O Náutico já perdera um pênalty. O Grêmio só tinha sete jogadores em campo e mais um pênalty contra si. Tudo parecia irremediavelmente perdido. E então, o que parecia milagre aconteceu. Apenas 71 segundos e toda a história mudava. A defesa de Galatto, o gol histórico de Anderson. A glória mais sofrida num gramado menos histórico, na disputa de uma série mais fraca. Mas nem por isso menor.
Grêmio x Náutico 2005 - Cartela de escudinhos (PDF)
Grêmio x Náutico 2005 - Cartela de escudinhos (PNG)
Grêmio x Náutico 2005 - Youtube
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