domingo, 10 de agosto de 2008
Avante, meu Bugre!
(...) Avante, avante meu Bugre!Mas o amor fomenta esperanças nos terrenos mais estéreis. Diante disso, abstraio as perspectivas sombrias, as piadas de outros torcedores, as decepções dos últimos campeonatos. É como diz o nosso hino: "Avante, avante meu Bugre/ Que nós vibramos por ti/ Na vitória ou na derrota/ Hoje e sempre Guarani". Tenho a plena consciência de que meu time de coração não possui a mesma estrutura, muito menos o orçamento ou a quantidade de títulos arrematados por outras "grandes" agremiações. Ainda assim, sou capaz de vislumbrar na escassez de títulos um lado positivo: ao contrário de outros torcedores mal-acostumados, vibro intensamente com cada vitória conquistada, cada gol feito, cada avanço na tabela do campeonato.
Meu Bugrão permanece sendo o único clube do interior que foi campeão brasileiro (1978), além de ter conquistado a Taça de Prata (1981), a Taça dos Invictos (1970), a Taça São Paulo de Júniores (1994) e o bicampeonato da Copa Toyota de Futebol Juvenil no Japão (2001/2002). Também bateu recordes que perduram até hoje, como a de melhor ataque em campeonatos brasileiros (em 1982 o ataque formado por Lúcio, Jorge Mendonça, Ernani Banana e Careca fez 63 gols em 20 jogos - média de 3,15 gols por partida) e vitórias consecutivas (doze, em 1978). Pena que toda essa tradição de nada adianta no momento presente. A vida é assim mesmo: promessas de amor não valem nada, e se dissipam, voláteis, no etéreo território das ilusões.
Afirmou Sergio Fonseca: "amor que não dói não é amor". Viver é assimilar os socos desferidos na alma e prosseguir combatendo nas batalhas do dia-a-dia. E o amor é como uma lente de aumento que amplifica cada mínimo detalhe do cotidiano. Assim é a minha paixão pelo Guarani: uma profissão de sangue, coisa para poucos e privilegiados iluminados, cujos corações foram tocados por algo maior e inexplicável. Porque o amor desnorteia, e faz com que a lógica cartesiana dance rumba e saia de fininho. Haja o que houver, eu sempre afirmarei que sou feliz, e muito, por possuir o privilégio de torcer para o Bugrão. Com muito orgulho. Com muito amor". (Alexandre Inagaki)
Não há muito o que acrescentar a tal declaração de amor, ainda mais a um time que hoje padece no purgatório das divisões de acesso brasileiras. Mas as poucas e grandes glórias do bugre campineiro merecem ser lembradas. Afinal, houve poucos que, naquele distante 1978, há exatos 30 anos, não se encantaram com a conquista do Guarani Futebol Clube de Zenon e Careca sobre o Palmeiras. E é este jogo que apresentamos hoje. O texto é de outro torcedor do Guarani, o Bruno Ribeiro.
"Guarani 1x0 Palmeiras: Final do Campeonato Brasileiro de 1978, disputada no Brinco de Ouro, em Campinas. Pela primeira vez um time do interior chegava à uma final. E pela primeira vez se sagrava campeã. O gol foi anotado pelo jovem Careca - que depois se tornaria um dos maiores atacantes da Seleção Brasileira - na metade do segundo tempo. O título consagrou aquele que fez a melhor campanha do campeonato."
Guarani x Palmeiras (1978) - Plantão do Bugre
Guarani x Palmeiras 1978 1° jogo - Cartela de escudinhos (PDF)
Guarani x Palmeiras 1978 1° jogo - Cartela de escudinhos (PNG)
Guarani x Palmeiras 1978 2° jogo - Cartela de escudinhos (PDF)
Guarani x Palmeiras 1978 2° jogo - Cartela de escudinhos (PNG)
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2 comentários:
Que vacilo! No momento em que o Grêmio faz melhor campanha da história do campeonato nacional, VENCE o turno, tu me posta o GUARANÍ? o_0
Ih, véio... eu pressinto então que você não vai gostar nada do próximo time homenageado... hehehe.
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